Justiça condena Samarco a pagar R$ 598 mil a moradores de Regência NOTÍCIAS |
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A mineradora Samarco foi condenada nesta quarta-feira (8) a indenizar 19 moradores de Linhares em R$ 31.520 para cada um deles. No total, o valor das indenizações somam R$ 598.880. Os valores ainda deverão ser acrescidos de juros e correção monetária.
O juiz do 2° Juizado Especial de Linhares, Wesley Sandro Campana dos Santos, julgou 19 ações que fazem parte das petições ajuizadas contra a Samarco em Linhares pelos moradores da Vila de Regência. Eles alegam danos morais e pedem reparação pelos prejuízos sofridos após o rompimento da barragem da empresa, em Mariana, Minas Gerais, ocorrido em novembro de 2015, quando os rejeitos de minério atingiram a foz do Rio Doce.
De acordo com os autos, em suas petições, os moradores sustentam que a empresa foi negligente com o rompimento da barragem, permitindo que os rejeitos de minério chegassem ao Rio Doce. Os requerentes ainda alegam que, por conta da tragédia, passaram a conviver com a falta de água, além ter os seus únicos meios de sobrevivência afetados, uma vez que a economia local depende muito do turismo e da pesca.
Em sua contestação, a Samarco alegou que não abandonou os moradores da Vila de Regência após o acidente com a barragem de Mariana. A empresa disse que ajudou a abastecer os moradores com água potável, através de carros-pipa.
Ainda segundo as informações processuais, a empresa chegou a afirmar que os prejuízos causados com o rompimento da barragem não passaram de mero aborrecimento, uma vez que a água do Rio Doce estaria apta para consumo.
Segundo o magistrado, a morte de peixes é apenas uma das várias provas de que o Rio Doce foi devastado pelos rejeitos de minério arrastados pela lama da barragem de Mariana. Para o juiz, agindo dessa maneira, sem assumir os danos causados à população de Linhares, a Samarco se mostra pouco incomodada com os estragos deixados pelos resíduos. ”Tentar defender o que é indefensável só faz demonstrar que a requerida zomba da cara dos moradores que vivem nas regiões afetadas”, disse o magistrado.
Fonte: Gazeta Online
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