Qualidade da água do Rio Doce é péssima em 16 pontos analisados NOTÍCIAS |
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Laudo técnico realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e divulgado nesta terça-feira apontou que a qualidade da água da bacia do Rio Doce, afetada pelo rompimento de barragens em Mariana (MG), é péssima em 16 dos 18 pontos monitorados. Os outros dois trechos tiveram resultado regular. Em 650 km de rios, total analisado pela pesquisa, a água está imprópria para consumo.
Foram identificadas concentrações de metais pesados muito acima do que estabelece a legislação. As quantidades de cobre, alumínio e manganês estão acima do permitido em alguns trechos, enquanto as de magnésio são superiores em todos os pontos da bacia.
Segundo o estudo, as concentrações de turbidez (água turva) também estão acima do recomendado. A turbidez variou de 5.150 NTU (unidade matemática utilizada neste tipo de medição) em Bento Rodrigues e Barra Longa, a 1.220 NTU no município mineiro de Itapatinga, enquanto o máximo aceitável deveria ser 40 NTU.
O estudo percorreu 29 municípios afetados pelo rompimento da barragem em Mariana entre os dias 6 e 12 de dezembro do ano passado, com o objetivo de coletar sedimentos para análise e monitorar a qualidade da água na região.
Estudo finalizado em novembro, já havia destacado que as águas do Rio Doce estariam sujeitas a novos picos de turbidez, quedas de oxigênio, aumentos na concentração de metais e prejuízos para os dependentes da bacia por períodos "indeterminados e imprevisíveis". Segundo a agência, o abastecimento de água em cidades de Minas Gerais e Espírito Santo dependentes do rio demandará "novos mananciais, implantação de poços profundos e sistemas de adução".
Fonte: Agência O Globo
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